Filhos para o mundo
Dar autonomia ao filho também faz parte da educação.


Pais protegem os filhos por instinto. Quando têm em casa uma criança especial, o risco de exagerar na dose é ainda maior. Por desconhecimento da deficiência ou por medo de rejeição, acabam impedindo o filho de realizar diversas atividades que ele seria perfeitamente capaz de executar sozinho. Foi, por exemplo, o que aconteceu com a menina Flor na novela América, que no início da trama não tinha permissão da mãe nem mesmo para sair de casa com outro adulto. Parece exagero da TV, mas não é. Com a melhor das intenções – deixar a criança em segurança –, os pais acabam caindo em uma armadilha. "O cuidado exacerbado atrasa e outras vezes até talha a possibilidade do desenvolvimento físico e emocional da criança. Ela pode até criar uma independência desnecessária, porque não vive a vida real", explica Maria Luisa Sprovieri Ribeiro, pedagoga e professora de Educação Especial da Faculdade de Educação da USP. "Ter deficiência não significa ser incapaz. Cada um tem suas potencialidades. Cabe aos responsáveis reconhecê-las e trabalhá-las." O melhor caminho para evitar a superproteção que isola a criança especial é a informação: saber das necessidades da criança e ajudar a superá-las, acreditando na sua capacidade. Não se esqueça. Educar é também dar condição de autonomia.

Acerte o passo
Saiba os erros mais comuns na educação da criança com deficiência e ajude mais seu filho.

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