Videogame Wii é usado na reabilitação de crianças e adolescentes
O brinquedo ajuda no tratamento de crianças com paralisa cerebral e síndrome de Down

Dirigir, jogar tênis, brincar de arco e flecha, lutar boxe. Tudo isso é feito durante uma sessão de fisioterapia, na sala de casa, sem derrubar ou quebrar nenhum objeto. Como é possível? Com a Wiireabilitação, uma terapia inovadora que utiliza o console de videogame Wii da Nintendo. O videogame, que costuma ser tão criticado por educadores, nesse caso é utilizado para incentivar a atividade cerebral e trabalhar a coordenação motora, o equilíbrio, o alongamento, a concentração e o condicionamento cardiorrespiratório no tratamento de crianças com síndrome de Down, paralisia cerebral, distrofia muscular, asma, obesidade e fraturas ortopédicas.A técnica foi apresentada pela fisioterapeuta Fabiana Wachholz, professora da Universidade de Santa Cruz do Sul. no Rio Grande do Sul, durante o Criança 2010 – III Congresso de Especialidades Pediátricas. A ideia de utilizar esse tipo de reabilitação surgiu após uma visita aos Estados Unidos. "Estava em busca de uma forma de inovar as sessões e encontrei no videogame uma saída divertida e eficaz. O ritmo maçante da fisioterapia normal, muitas vezes, faz com que a criança não queira mais frequentar a terapia. Com o Wii, elas fazem os exercícios básicos animadas", conta Fabiana. O grande diferencial desse brinquedo é a sua capacidade de detectar o movimento em três dimensões, por meio de um controle com sensor. Assim, o movimento que a pessoa faz é o mesmo que aparece na tela.Benefícios Enquanto joga, a criança estimula a memória, a coordenação cognitiva e o desenvolvimento motor. E logo os benefícios aparecem. "Já temos muitos exemplos positivos. As crianças ganham auto-estima e têm mais facilidade para se socializar na escola. A atenção que o jogo exige garante um melhor rendimento na escola. A brincadeira pode ser um ótimo incentivo para a criança começar a se exercitar e perder peso e por aí vai...", diz a fisioterapeuta.
A especialista ressalta, no entanto, que é preciso tomar precauções para evitar acidentes. “Deixar a criança a uma distância apropriada da tela, longe de degraus ou escadas e conferir se a alça do controle está bem presa ao braço, porque com a empolgação ela pode largar o controle”, afirma.

FONTE: revista crescer

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