Equoterapia – Autismo

Olá amigos do Blog!!

Voltamos!!!
E hoje com mais informações da Fisioterapeuta
Jerusa Wolmann.

Um grande abraço
Marilce


Equoterapia – Autismo

Transtorno Autista ou Autismo Infantil Precoce é um transtorno invasivo do desenvolvimento definido pela presença de desenvolvimento anormal e/ou comprometido que se manifesta antes da idade de três anos e pelo tipo característico de funcionamento anormal em todas as três áreas: interação social, comunicação e comportamento restrito e repetitivo. Sua prevalência é de 4 a 5:10.000, com predomínio em indivíduos do sexo masculino (3:1 ou 4:1), sendo decorrente de uma vasta gama de condições pré, peri e pós-natal.

Nos primeiros anos de vida, algumas crianças autistas alcançam fases de desenvolvimento como falar, engatinhar e caminhar antes das crianças consideradas normais, enquanto outras alcançam essas fases posteriormente. Cerca de um terço das crianças autistas se desenvolvem normalmente até o período entre 1 ano e meio a 3 anos de idade. Em seguida, alguns sintomas autistas começam a emergir. Essas crianças se enquadram muitas vezes na categoria de autismo “regressivo”.

Na infância, os autistas podem apresentar uma evolução mais lenta nas áreas da comunicação, das habilidades sociais e da cognição. Além disso, certas disfunções comportamentais podem começar a aparecer, como autoestimulação (isto é, movimentos repetitivos, sem objetivos, como balançar a =ou agitar as mãos), autoagressão (morder as mãos, dar socos na cabeça), problemas para comer e dormir, contato visual deficiente, insensibilidade para a dor, hiper/hipoatividade e deficiências de atenção.

No aspecto psíquico, uma vez que o indivíduo usa o animal para desenvolver e modificar atitudes e comportamentos. No âmbito da Psicomotricidade observamos a aprendizagem de movimentos rítmicos, aquisição de equilíbrio, desinibição e segurança motora; autoconsciência motora corpórea favorecida pelo enérgico contato físico com o animal (GAVARINI, 1997; CONGRESSO NACIONAL DE EQUOTERAPIA, 1999).

A interação com o cavalo, desde o primeiro contato e cuidados preliminares até a montaria, também desenvolve novas formas de comunicação, socialização, autoconfiança e auto estima. Segundo (CONGRESSO NACIONAL DE EQUOTERAPIA, 1999) os efeitos visados são de quatro ordens: Relação, onde a valorização plena do indivíduo a cavalo, a comunicação, autoconfiança, autocontrole, vigilância da relação, atenção e tempo de atenção; Psicomotricidade pode melhorar o tônus, mobilizar as articulações da coluna e bacia, facilitar o equilíbrio e postura do tronco ereto, favorecer a obtenção da lateralidade, melhorar a percepção do esquema corporal, permitir melhor conhecimento de posições de seu corpo e do corpo do cavalo; Natureza técnica (o cavalo) favorece aprendizagens referentes aos cuidados com ele: estábulos, alimentação, curativos, selar e colocar as rédeas e, sobretudo, as técnicas de equitação e; Integração na sociedade, contato com o animal, pessoal do centro eqüestre, outros membros do grupo, outros cavaleiros, e quando possível, durante os circuitos percorridos, com os habitantes da vizinhança.

O desenvolvimento da motricidade dos Autistas no Recurso Equoterápico é altamente significativo e pode repercutir de forma imediata nos hábitos de independência, sugerindo a necessidade de um trabalho intensivo como forma de atingir também os aspectos afetivos, sociais e cognitivos, por este motivo deve-se encorajar o praticante a obter independência sobre o cavalo (FREIRE, 2004).

Este recurso terapêutico pode melhorar as relações sociais de crianças Autistas favorecendo uma melhor percepção do mundo externo e adequações nos ajustes tônico-posturais, torna-se então necessário a apresentação de níveis realísticos, para que a satisfação e a autoconfiança sejam obtidas, sendo assim, paciência e tato serão necessários para auxiliar um autista a eliminar medos, maneirismos e aprender a montar (FREIRE, 2003).

As fases da Equoterapia no trabalho com autistas são importantes para a aceitação do contato com os animais por parte dos pacientes, estes são citados por Freire (1999) a seguir: Fase da aproximação, onde a pessoa conhece o animal e suas características (temperatura, movimentos, textura da pelagem, entre outros), esta propicia a oportunidade de comparações e estimula a curiosidade; a fase da descoberta engloba duas etapas, sendo a primeira no solo feita de forma lúdica estimulando o contato efetivo com o cavalo e a segunda em montaria parada para adaptação e percepção das possibilidades da relação com o animal; a fase educativa que diz respeito a sessão equoterápica e fase da ruptura, importante para continuidade do trabalho pois é preciso o entendimento por parte da criança que o término da sessão não significa que ela não terá a possibilidade de retorno.

Obrigada à todos!

Fisioterapeuta Jerusa S Wolmann
Contato: 51-85750496

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